sexta-feira, 24 de abril de 2009

Novo livro de Pepetela - O Planalto e a Estepe

«Os olhos dele continham o céu Planalto. Na Huíla, Serra da chela, Dezembro, quando o azul mais fere. Nos olhos dela estavam gravadas suaves ondulações da estepe mongol. Tons sobre o castanho. Entremos primeiro no azul.

A minha vida se resume a uma larga e sinuosa curva para o amor.Começando por um caminho longo até Moscovo. Não vos contarei todos os detalhes dessa viagem. Houve outras, também importantes, houve mesmo muitas viagens. Mas essa primeira viagem em arco amplo e súbitos desvios demorou mais, começou na Huíla, Sul de Angola, quando fui parido.Nasci no meio de rochedos. A casa, porém, era de adobe. Casa de adobe com rochedos à volta. Título de quadro? Era muito duro fazer uma casa de pedra, como na aldeia de Trás-os-Montes onde o meu pai tinha nascido. A minha mãe era já de algumas gerações huilanas e nascera numa mais pequena que a nossa. Por isso se construiu a de adobe, quando casaram. Os dois, com a ajuda de um serviçal muíla, chamado Kanina, nome de soba grande, ergueram a moradia, usado o barro de uma baixa sempre húmida para fazerem blocos secos ao sol. Primeiro teve campim como cobertura. Depois chapas de zinco. Finalmente telhas.Houve progresso.Nasci na fase intermédia, das chapas de zinco. Nado capim tinha nascido a Olga, minha irmã mais velha. Depois, já na de telhas, nasceram o Zeca e o Rui, meus mais novos. Só eu tive direito, ao ser atirado para o mundo, a ouvir chuva batendo em chapas de zinco.»


Do encontro entre um estudante angolano e uma jovem mongol, nos anos 60, em Moscovo, nasce um amor proibido. Baseada em factos verídicos, ficcionados pelo autor, esta história põe em evidência a vacuidade de discursos ideológicos e palavras de ordem, que se revelam sem relação com a prática. Política internacional, guerra, solidariedade e amor, numa rota que liga um ponto perdido de África a outro da Ásia, passando pela Europa e até por Cuba. Uma viagem no tempo e no espaço, o de uma geração cansada de guerra num mundo cada vez mais pequeno. Maravilhoso e comovente, este é um romance sobre o triunfo do amor, contra todas as vontades e todas a fronteiras.


Sessão de leitura do novo romance de Pepetela – O Planalto e a Estepe –, na Livraria Pó dos Livros, na segunda-feira, dia 27 de Abril, às 18.30 horas.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Em contagem decrescente...

As primeiras palavras hoje vão para a nossa querida Alda. Parabéns, minha querida. Desejo-te tudo de bom, minha amiga. Que continues a ser essa mulher fantástica que és, e sempre com a tua força e energia! Beijinhos muito grandes.
Agora posso falar de mim :)
Pois é, eu cá ando em contagem decrescente para o grande dia, pouco nervosa (por enquanto!), mas cheia de coisas para fazer e tratar.
A semana passada andei na parte de entrega dos convites, e nem imaginam como é isso nesta cidade... demorei uma eternidade para conseguir entregar todos por causa do maldito trânsito e dos engarrafamentos que fui apanhando todos os dias. Mas isso agora já é passado, felizmente.
Esta semana vou ter mais uma reunião com a decoradora para acertar as coisas finais :)
Também temos coisas para tratar com o fotográfo e com o DJ. Tenho que ir escrevendo sempre o que preciso de fazer, pois a minha cabecinha nunca ficou igual depois dos tratamentos (desculpas para se depois me esquecer de alguma coisa, hehehe).
Também ando a ver detalhes da vinda de pessoas de fora, como alojamento, transporte, possíveis passeios que possam fazer, etc, etc.
E no meio disto tudo, é claro que continuo a trabalhar, não é? Hoje já dei a minha aulinha, que foi das 7:30 da manhã até agora!
E agora preciso de voltar ao trabalho!

Beijocas grandes

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Peça Rosa, Esperança

Sábado foi a estreia da peça de teatro Rosa, Esperança (Projecto mulheres e o cancro da mama). É claro que não podia deixar de ir e lá rumei até Rio Maior com a minha mãe.
Consegui estar com as nossas meninas antes da entrada delas no palco e, já ali, a emoção era muita.
E quando a cortina subiu?! Começaram logo umas lágrimas a darem o ar da sua graça e foi sempre assim até ao fim da peça.
Gostei muito de tudo, as nossas amigas estiveram super bem e conseguiram passar bem a mensagem. Sinto um enorme orgulho em todas elas, pois acredito que não deve ser nada fácil subirem ao palco e exporem-se daquela maneira. Só mesmo mulheres com muita coragem como vocês é que conseguem! Os meu parabéns a todas, aos figurinos (em especial às nossa Liliana) e claro, ao comandante desta gente toda, o Rui Germano.
E como uma menina do norte costumava dizer: adoro-vos!!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Parabéns, Cristina!

Muitos parabéns, minha querida. Desejo-te tudo o que desejo para mim: o melhor em tudo!

Muitos beijinhos e até amanhã.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tudo bem, tudo legal, tudo fixe, tudo numa boa, tudo óptimo!

Já perceberam, né? Sim, está tudo bem comigo, as análises estavam boas e o Rx também! Yes, yes, yes! Agora só volto em outubro para consulta de rotina. Fixe, fixe, fixe. É sempre bom quando nos esticam assim o prazo, hehehehehe.
Confesso que hoje estava particularmente nervosa, mais do que nas outras vezes. Já estava a desesperar por não ser chamada pela médica, tinha as mãos a suar, a barriga a dar voltas, enfim, um stress. Já tinha decidido que se as notícias não fossem boas, não acreditaria nelas. Afinal de contas, hoje é dia das mentiras, certo?! Hehehehehehe.
Sai de lá com a minha mami e fomos laurear para a baixa e só cheguei agora. Acabei de receber msg da minha tia maluca, a Gi, a perguntar se hoje comemoravámos... o que acham? Claro que sim!!!
Ainda fico cá mais uma semana para tratar do resto das coisas para o meu casamento. Segunda que vem vou experimentar o vestido. Estou em pulgas para ver como ficou.
Obrigada a todas pelas palavras carinhosas que sempre me dão nestas alturas. Fica sempre tudo mais fácil convosco ao meu lado.

Beijocas grandes